Era tarde de quarta-feira (21). Ânimos ouriçados em alpendres do filósofo Pacello de Lica. Havia este, ouvido na radiofonia do Seridó, a notícia que a organização do carnaval de Caicó, aguardava o anúncio por parte da direção da CAERN, de uma possível cota franquia de água durante o evento, algo em torno de 700 m3, por hora, que equivale a setenta carros pipas disponíveis a cada 60 minutos para o gasto do carnaval.
Essa primazia de atenção aos foliões carnavalescos, põe na contra-mão da história, os desventurados que são centenas, e bote centenas nisso, de viventes que estão a padecer de sede, a procura de um pote d`água, para sí e para seus animais que estão esqueléticos, vivendo os últimos estertores, sendo iminente a estação da morbidez.
Aos ribeirinhos do Piancó-Piranhas-Açu, foi imposto o uso madrugadenho, e por algumas horas, lhe tirando o único descanso certo, que é a madorna da noite. Essa imposição necessária, é de responsabilidade da ANA, a rainha das águas do Brasil, pródiga em expedir normas restritivas e peca no planejamento do uso das águas, principalmente na jurisdição do semi-árido nordestino, em espécime no combate tempestivo aos desperdícios ocorridos nos anos de 2013 e 2014, nos Municípios de Paulista e São Bento na Paraíba e no nosso, Jardim de Piranhas.
Os Sertões do Seridó paraibano e potiguar, são hoje uma terra de razia. Quente, seca, estorricada. Perdeu a quase totalidade de seus rebanhos. A produção de mel varrida do mapa. A reprodução da fauna comprometida. E paira como pesadelo no ar, a seguinte indagação: Será que a providência divina, não vai contrariar a leitura macabra dos sábios cientistas do tempo? Como reverso da medalha, estender uma oferenda de chuvas para os nosso Sertão! Se isso não ocorrer, extraviar água em folia, será um pecado mortal, a ser castigado pelos deuses, talvez já mais enfurecidos.
Eugênio Pacelli*: Também conhecido como o Cego de Lica. Espécie de autoditada da nossa história. Uma inteligência extraviada. É herdeiro direto dos Pereira Monteiro, fundadores do Seridó Ocidental, deste o monte do Jalbe no Teixeira até o gancho de Regina, onde se abraçam o Espinharas e o Piranhas.
Essa primazia de atenção aos foliões carnavalescos, põe na contra-mão da história, os desventurados que são centenas, e bote centenas nisso, de viventes que estão a padecer de sede, a procura de um pote d`água, para sí e para seus animais que estão esqueléticos, vivendo os últimos estertores, sendo iminente a estação da morbidez.
Aos ribeirinhos do Piancó-Piranhas-Açu, foi imposto o uso madrugadenho, e por algumas horas, lhe tirando o único descanso certo, que é a madorna da noite. Essa imposição necessária, é de responsabilidade da ANA, a rainha das águas do Brasil, pródiga em expedir normas restritivas e peca no planejamento do uso das águas, principalmente na jurisdição do semi-árido nordestino, em espécime no combate tempestivo aos desperdícios ocorridos nos anos de 2013 e 2014, nos Municípios de Paulista e São Bento na Paraíba e no nosso, Jardim de Piranhas.
Os Sertões do Seridó paraibano e potiguar, são hoje uma terra de razia. Quente, seca, estorricada. Perdeu a quase totalidade de seus rebanhos. A produção de mel varrida do mapa. A reprodução da fauna comprometida. E paira como pesadelo no ar, a seguinte indagação: Será que a providência divina, não vai contrariar a leitura macabra dos sábios cientistas do tempo? Como reverso da medalha, estender uma oferenda de chuvas para os nosso Sertão! Se isso não ocorrer, extraviar água em folia, será um pecado mortal, a ser castigado pelos deuses, talvez já mais enfurecidos.
Eugênio Pacelli*: Também conhecido como o Cego de Lica. Espécie de autoditada da nossa história. Uma inteligência extraviada. É herdeiro direto dos Pereira Monteiro, fundadores do Seridó Ocidental, deste o monte do Jalbe no Teixeira até o gancho de Regina, onde se abraçam o Espinharas e o Piranhas.
Fonte: Jair Eloi de Souza
Nota do Blog: No meu ponto de vista, acredito que tudo o que estamos passando hoje é fruto da nossa própria ignorância, fico sem entender o porque de ter que haver um "CARNAVAL", onde nem água temos.
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