FIES – FUNDO DE FINANCIAMENTO AO ESTUDANTE, E O REVERSO DA MEDALHA.

Há alguns dias passados, louvamos a ação do governo, pelo fato de ter facultado o site de acesso ao FIES para os novos contratos. Essa abertura de crédito fez sorrir milhares, não só de alunos, mas, de famílias pobres, que precisam desse empréstimo, para suprir a omissão do Estado (Poder Público), que não cumpre o dever constitucional de ofertar a EDUCAÇÃO PÚBLICA E GRATUITA.
Mas, na madrugada de hoje. Assistindo ao noticiário televisado, me deparei com a cena: A mãe de uma aluna de medicina, na Cidade de Vassouras – RJ, chorando em razão de sua filha não ter tido acesso ao FIES. Na sequência diziam da ação do governo pelas mãos do Ministério da Educação, que os alunos que fizessem parte, daquelas instituições de ensino que não obtiveram a nota mínima, não teriam direito ao financiamento. E ainda acrescentava, que no caso das instituições que tiveram desempenho a contento, somente 30% (trinta por cento) das solicitações seriam atendidas e que somente no final de abril seriam atendidos os excluídos.
Ora, o exercício letivo já está adentrado. Espichar para abril um possível atendimento à solicitação de crédito, é mais do que mudar as regras do jogo, dentro do jogo. É uma maldade.
Já passei por situação parecida com esta. Porém, com mais penúria, No ano de 1970, esperava meu avô, "vender o algodão na folha", e auferir um pouco de dinheiro, para comprar duas "parelhas de roupa" e uns trocados para comprar os livros e caderno. Foi seco, ele não arrumou o dinheiro com Manoel Tôrres, e eu fui pra Casa do Estudante, onde o dia-a-dia era raçoado. Ásperos tempos. Fome noturna. Pesadê-lo de barriga vazia. Mas, nós estamos no Sec. XXI, a Democracia não alberga só o direito de ir e vir. Mas, o de está e permanecer com dignidade, estado inerente para dizer que há cidadania.
Fonte: Jair Eloi de Souza

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