Nas buscas que realizou na Odebrecht durante a 23ª fase da Operação
Lava Jato, no dia 22 de fevereiro, a Polícia Federal apreendeu uma lista
do que seriam repasses de propina da empreiteira a políticos. A relação
traz mais de 200 nomes e os valores recebidos, atingindo governo e
oposição.
Estão presentes, por exemplo, os nomes do senador Aécio Neves
(PSDB-MG), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dos senadores José
Sarney (PMDB-AP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Humberto Costa (PT-PE), do
chefe de Gabinete da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, do PT, do
ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
Não identificados, contudo, chamaram a atenção dos investigadores,
sobretudo pelo grande volume de recursos que teriam recebido, como é o
caso de "Mineirinho", apontado como destinatário de R$ 15 milhões entre 7
de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, segundo as planilhas,
teriam sido feitas em Belo Horizonte.
Conforme afirma o jornalista Fernando Rodrigues, que divulgou a lista,
trata-se do mais completo acervo do que pode ser a contabilidade
paralela da empresa descoberta e revelada ontem na investigação. Segundo
a PF, o executivo Marcelo Odebrecht também estava envolvido no
pagamento de propinas.
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