Um grupo de artistas reagiu contra a
extinção do Ministério da Cultura (MinC), confirmada ontem pelo
presidente Michel Temer. A pasta ficará agora vinculada à Educação, sob o
comando do deputado federal José Mendonça Bezerra Filho (DEM-PE).
A Associação Procure Saber — formada
por músicos como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Djavan —e
o Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música (GAP) — Sérgio Ricardo, Ivan
Lins, Leoni, Frejat, Fernanda Abreu e Tim Rescala, entre outros artistas
— divulgaram uma carta aberta contestando a decisão de Temer.
No texto, eles ressaltam o histórico
do Ministério da Cultura desde sua criação em 1985, passando pela
extinção da pasta na época do governo Collor, a retomada na gestão de
Itamar Franco e o crescimento ao longo dos governos Fernando Henrique
Cardoso, Lula e Dilma Rousseff.
"O MinC vem se ocupando, de forma
proativa, das artes em geral, do folclore, do patrimônio histórico,
arqueológico, artístico e cultural do País, através de uma rede de
institutos como o IPHAN, a Cinemateca Brasileira, a Funarte, o IBRAM,
Fundação Palmares entre muitos outros".
Eles afirmam que "o Ministério da
Cultura não é um balcão de negócios": "As críticas irresponsáveis feitas
à Lei Rouanet não levam em consideração que, com os mecanismos por ela
criados, as artes regionais floresceram e conquistaram espaços a que
antes não tinham acesso".
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