Um dos donos da Engevix, José Antunes Sobrinho, que citou o
presidente interino Michel Temer na Lava Jato, desistiu do acordo de
delação.
Ele prometia entregar provas à Lava Jato do pagamento de R$ 1 milhão a
um interlocutor do presidente interino Michel Temer (PMDB), como forma
de agradecimento pela participação em contrato de R$ 162 milhões da
Eletronuclear, refere à usina de Angra 3. No entanto, ele decidiu
interromper a negociação depois de, segundo seus advogados, ter sido
absolvido em uma das ações da operação por falta de prova.
Investigadores acreditam em outras motivações.
A Argeplan, uma empresa de arquitetura de São Paulo que seria ligada a
Temer, ganhou licitação da Eletronuclear para operar na usina de Angra 3
em 2012. Sobrinho teria feito ao menos dois encontros no escritório de
Temer, em São Paulo, acompanhado de um dos sócios da empresa, João
Baptista Lima Filho, para tratar de assuntos ligados à Eletronuclear. O
executivo afirma que pagou R$ 1 milhão para a campanha do peemedebista
em 2014, sob pressão de Lima, que dizia agir em nome de Temer. O vice
confirma os encontros, mas nega pagamentos ilícitos.
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