Carta Capital: Cunha pode ter grampeado Temer

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Uma reportagem da revista Carta Capital, do jornalista André Barrocal, publicada neste fim de semana, revela que o interino Michel Temer pode ter sido grampeado pelo deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na reunião fora da agenda que ambos tiveram no Palácio do Jaburu.
No encontro, Cunha teria lembrado Temer sobre "antigas parcerias", citando a Lei dos Portos, votada em 2013 depois que o deputado conseguiu incluir um trecho que favoreceria o grupo Libra, que atua em Santos.
Depois disso, a Libra doou R$ 1 milhão para Temer – "dinheiro recebido pelo peemedebista em uma empresa aberta por ele para gerenciar recursos que repassaria a candidatos amigos."
Na conversa, Temer teria percebido a armadilha e, por isso, estaria tenso, às vésperas do impeachment.  "Ao sentir que poderia cair numa arapuca, o presidente em exercício teria reagido aos gritos com Cunha, no relato de uma pessoa ligada a Temer. Teria o deputado afastado gravado o interino em alguma outra oportunidade?", questiona a reportagem.
Barrocal lembra, ainda, que Cunha conseguiu mudar a lei para favorecer o grupo Libra. "A versão original da lei, proposta por medida provisória, proibia a renovação de contratos de arrendamento por terminais inadimplentes com o poder público. Era o caso de Libra, que há anos tenta na Justiça rever seu contrato com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), um feudo político de Temer. Uma dívida bilionária, em valores atuais", diz ele. "Graças a Cunha, a Câmara inseriu na Lei um dispositivo que retirava o veto à renovação de contratos por inadimplentes. Mais: incluiu a possibilidade de litígios contratuais serem resolvidos em comissão de arbitragem, ou seja, longe dos tribunais, com membros indicados pelas partes."
Leia, aqui, a íntegra da reportagem.

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