O presidente da Comissão Especial do Impeachment no Senado, Raimundo
Lira (PMDB-PB), prorrogou por 24 horas o prazo para que a defesa da
presidente Dilma Rousseff entregue os documentos com as alegações finais
do processo. Com isso, o prazo que vencia hoje (27) foi estendido até
quinta-feira (28).
Além dos argumentos que foram expostos na defesa de Dilma, o
ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo irá incluir uma decisão
recente do Ministério Público Federal (MPF) que conclui que as pedaladas
não são crime.
"Vamos pegar todos os aspectos das provas, como o procurador do
Ministério Público e a afirmação de todas as testemunhas e da perícia,
de que não há ato nas pedaladas", afirmou Cardozo.
Em parecer enviado à Justiça na última semana, o procurador da
República no Distrito Federal Ivan Marx entendeu que as manobras fiscais
feitas pela equipe econômica de Dilma não se enquadram no conceito
legal de operação de crédito ou empréstimo. Por isso não seria
necessário pedir autorização ao Congresso para executá-las.
Cardozo também vai incluir declarações de rivais para argumentar que o impeachment é ilegal, segundo a colunista Natuza Nery.
Entre as falas está a do advogado-geral da União da gestão Temer, Fabio
Medina Osório, que em 2015 usou a expressão “golpe revestido de
institucionalidade” para se referir ao processo. Também usará entrevista
do algoz Eduardo Cunha, que disse que ter “livrado o país” de Dilma é
uma marca da qual se orgulha.
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