Os resultados das pesquisas dos institutos Ipsos e Datafolha sobre a
situação do país são tão disparatados que se fica com a sensação de
terem pesquisado realidades totalmente diferentes.
Quando, contudo, se analisa os dados, fica evidente que a
discrepância entre as pesquisas não decorre da observação de realidades
ou períodos diferentes, mas sim do viés de análise empregado pelos
proprietários do instituto Datafolha.
Pela lente da sua pesquisa, a Folha de São Paulo consegue enxergar
que "cresce otimismo com a economia" e que "para 50%, Temer deve ficar" –
capa e matéria da edição de domingo 17/07/2016.
Já a pesquisa Ipsos mostra, ao contrário, que a vida dos golpistas
está mais próxima do inferno do que do paraíso: apenas 16% querem que
Temer fique até 2018; 89% afirmam que o Brasil está no rumo errado; e a
aprovação do impeachment fraudulento da Presidente Dilma apresenta
importante tendência de queda.
O Datafolha pertence ao Grupo Folha, conglomerado de mídia
notoriamente pró-Serra, pró-PSDB, pró-Temer, pró-Cunha, pró-coxinhas,
pró-golpe, pró-Alstom, pró-corrupção tucana e pró tudo o que é contra o
PT, contra Lula e contra Dilma.
Epíteto dizia, ainda no século 5 antes de Cristo, que o que perturba
os homens não são os fatos, mas a interpretação que os homens fazem dos
fatos. Esta noção milenar de Epíteto é executada à moda Joseph Goebbels
não só pela Folha de São Paulo – mas por toda a mídia golpista e
engajada.
Eles fazem de tudo – se fraudam um processo de impeachment, porque
não falsificariam também a verdade? – para legitimar o golpe de Estado
perpetrado pela turba golpista que assalta o Poder para pôr em prática o
programa anti-povo e anti-nação que jamais seria aprovado nas eleições.
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