Em entrevista concedida
ao jornalista Roberto Cabrini e exibida nesta madrugada, a presidente
Dilma Rousseff falou do processo de impeachment, da traição do interino
Michel Temer e da perseguição judicial ao ex-presidente Lula, entre
outros temas.
"Não tenho a menor
intenção de renunciar. Não dou esse presente a eles", disse Dilma, ao
ser questionada sobre a hipótese de renúncia. Ela também lembrou que "jamais vai jogar a toalha".
Em relação ao processo de
impeachment, ela afirmou que ocorre porque muitos, como disse o senador
Romero Jucá (PMDB-RR), querem estancar a sangria da Lava Jato porque "temem alguma delação".
Ela também explicou por que o processo atual não passa de um golpe de estado. "Sou
vítima de um julgamento fraudulento, que tem como objetivo fazer uma
eleição indireta", afirmou, lembrando que seus antecessores também
cometeram as chamadas pedaladas fiscais. "Ou é crime para todo mundo ou não é para ninguém", afirmou.
Dilma também disse que
Temer traiu não apenas a ela, mas também os eleitores. "Temer não foi
eleito para fazer o que está fazendo. Foi eleito com o meu programa de
governo".
Em relação aos escândalos de corrupção, ela disse não ter qualquer responsabilidade. "Não
tenho responsabilidade nenhuma se um funcionário da Petrobras resolveu
ser corrupto". Mesmo em relação a acusações de caixa dois para o
marqueteiro João Santana, ela disse não ter qualquer envolvimento. "Eu
não reconheço, eu não paguei. Não vou assumir responsabilidade sobre o
que eu não controlo. É público e notório que não participei".
Ela também defendeu o presidente Lula, dizendo que uma eventual prisão do ex-presidente seria "uma temeridade".
0 Comments:
Postar um comentário