A Olimpíada Rio 2016,
conquistada pelo ex-presidente Lula e preparada pela presidente Dilma
Rousseff, chega ao fim com um vexame diplomático protagonizado pelo
interino Michel Temer.
Para evitar receber,
antes da votação final do impeachment, as mesmas vaias que levou na
abertura, que chegaram a 105 decibéis, ele deixou de ir à cerimônia de
encerramento, evitando um encontro com o premiê japonês Shinzo Abe.
A desfeita causou
mal-estar com a comitiva japonesa. Temer ofereceu um encontro em
Brasília, que foi negado pelos japoneses, uma vez que Abe teria apenas
18 horas no Brasil, depois de uma viagem exaustiva. Ele veio porque
Tóquio sediará os Jogos de 2020 e, tradicionalmente, o chefe de estado
do país anfitrião passa o bastão olímpico ao responsável pela
organização dos jogos seguintes.
Temendo novas vaias,
Temer enviou apenas uma carta. "Confio que poderemos encontrar-nos
proximamente. Teremos sempre a beneficiar-nos do diálogo franco e aberto
sobre nossa diversificada agenda bilateral e sobre temas globais de
interesse comum", disse Temer, na carta.
O presidente em exercício desejou sucesso na realização dos Jogos Olímpicos de 2020, que serão disputados em Tóquio.
Pela primeira vez na história, uma Olimpíada termina sem a representação de um chefe de estado.
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