Especialista na análise de grandes volumes de dados, o colunista José Roberto de Toledo,
do Estado de S.Paulo, destaca: de junho de 2013 ao fim de 2014, nenhuma
sigla se beneficiou da perda de simpatia pelo PT. "Durante um ano e
meio, de junho de 2013 ao fim de 2014, nenhuma outra sigla se beneficiou
da perda de simpatia pelo PT. Todas permaneceram com preferências de um
dígito. O que cresceu nesse período foi o contingente de brasileiros
sem simpatia por partido algum. Os sem-partido, que eram 45% da
população antes de junho de 2013, se multiplicaram e bateram o recorde
da série histórica justamente em outubro de 2014: 73%".
"Vários partidos de diversos tamanhos se beneficiaram da mudança do
eleitorado. Siglas que não eram citadas ou tinham menos de 1% começaram a
marcar um, dois, três pontos no Ibope. Na série histórica, o conjunto
dos "outros partidos" pulou de 3% para 19% das preferências partidárias
entre outubros, de 2014 a 2016.
A demonstrar que o movimento não é um ponto fora da curva ou uma
miragem estatística, nunca tantos partidos elegeram tantos prefeitos
quanto em 2016. Siglas nanicas saíram do anonimato para governar algumas
das maiores cidades brasileiras: o PRB no Rio, o PMN em Curitiba e o
PHS em Belo Horizonte. A pulverização foi recorde: 14 partidos
governarão 26 capitais".
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