O Brasil de Michel Temer tem uma participação encolhida e de pouca
relevância no Fórum Econômico Mundial, que reúne uma boa parte da elite
econômica mundial nesta semana em Davos, na Suíça. Ao contrário de anos
anteriores, quando foi protagonista nos diálogos e assumiu papel de
liderança entre os emergentes, o País dessa vez ficou de fora das
principais discussões e foi reduzido até nas decisões tomadas entre as
nações em desenvolvimento. Nem a presença de três ministros da área
econômica —Henrique Meirelles (Fazenda), Marcos Pereira
(Desenvolvimento) e Fernando Coelho (Minas e Energia), conseguiu
impedir que o país fosse relegado a discussões secundárias.
As informações são da enviada especial a Davos Ana Clara Costa na revista Época.
"No debate sobre política monetária e o papel dos bancos centrais, conduzido pelo editor-chefe do Wall Street Journal,
Gerard Baker, e que teve entre seus painelistas um banqueiro do UBS, um
membro do gabinete de transição de Donald Trump e um chefe da
autoridade monetária da Suíça, não havia o Brasil, como em anos
passados. Para outra discussão sobre as previsões para o sistema
bancário, nenhum banqueiro brasileiro estava entre os participantes. Em
um painel sobre as previsões para o G20, a Argentina foi convidada, não o
Brasil. Para falar sobre crescimento com inclusão, estava um
representante do governo canadense. O ministro Henrique Meirelles e o
presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, foram convidados para falar
em apenas um painel cada. Meirelles, em uma discussão sobre o novo
capitalismo. Já Goldfajn fará uma apresentação sobre as previsões para a
América Latina. Em 2015, o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, era
um dos painelistas da principal palestra do Fórum, que ocorre
anualmente no último dia de evento: o debate sobre as perspectivas para a
economia global.
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