Embora oficialmente o discurso ainda seja de cautela
em relação ao futuro da Lava Jato, pessoas ligadas à ministra Cármen
Lúcia, presidente do STF (Superior Tribunal Federal), afirmam que ela
irá acelerar os trâmites para redistribuir todas as ações da operação.
Um movimento da ministra neste sentido, antecipando-se à escolha de
Michel Temer para o substituto de Teori Zavascki na Corte, seria
justificada como forma de não paralisar a operação, cujo andamento já
está comprometido com a morte do relator. Não seria a primeira vez em
que isso aconteceria. Em 2009, Gilmar Mendes, então presidente do STF,
redistribuiu os casos relatados por Menezes Direito, morto naquele ano.
No Planalto, porém, cresce a pressão para que Temer não demore a
escolher o substituto de Zavascki.
As informações são da coluna Painel na Folha de S.Paulo.
"Na avaliação de advogados que atuam na operação, o atraso no
processo deve estimular vazamentos das delações, prestes a se tornarem
públicas.
O Planalto trabalha com a perspectiva de que, com o cancelamento das
audiências previstas para a próxima semana, a homologação dos acordos de
colaboração da Odebrecht já não ocorra em fevereiro".
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