O Brasil assumiu a liderança, pelo primeira vez, de um ranking da
propina elaborado nos Estados Unidos. O país foi o mais citado por
empresas globais investigadas naquele país sob suspeita de pagar propina
no exterior. O ranking é feito por um site especializado nessa
legislação, chamada de FCPA (Foreign Corruption Practices Act, algo como
Lei Anticorrupção no Exterior). O Brasil é mencionado 19 vezes como o
país em que empresas que operam globalmente pagaram propina no ranking
divulgado nesta quinta (12). A China, segunda colocada na tabela,
aparece com 17 menções, enquanto o Iraque está em terceiro lugar, com
oito citações. Desde 2015, o número de menções ao Brasil praticamente
dobrou, de 10 para 19.
As informações são de reportagem de Mario Cesar Carvalho na Folha de S.Paulo.
"Os dados foram extraídos de investigações do Departamento de Justiça
dos Estados Unidos, equivalente ao Ministério da Justiça brasileiro, e
da SEC (Securities and Exchange Commission), o órgão que regula o
mercado de capitais naquele país e corresponde à CVM (Comissão de
Valores Mobiliários).
A lei conhecida como FCPA foi criada em 1977 e proíbe empresas que
mantêm negócios nos Estados Unidos, sejam elas de que países forem, de
pagar suborno no exterior. Uma ideia por trás da lei é que a propina
mina a concorrência e prejudica grupos e investidores dos EUA.
"Nós estamos nessa lista porque a corrupção brasileira já afeta o
investidor americano", diz Paulo Goldschmidt, professor da FGV (Fundação
Getúlio Vargas), onde dirige um grupo de estudos anticorrupção".
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