O primeiro depoimento do ex-deputado Eduardo Cunha ao juiz
federal Sérgio Moro, em Curitiba, contestou afirmações de Michel Temer
sobre sua participação nas decisões da Petrobras. Cunha afirmou que
Temer participou, em 2007, de uma reunião com a bancada do PMDB para
discutir as indicações do partido para diretorias da Petrobras. "Essa
reunião era justamente pelo desconforto que existia com as nomeações do
PT", afirmou Cunha. Temer depôs, por escrito a Moro, como testemunha de
defesa do peemedebista, preso desde outubro de 2016. Em suas
informações, porém, ele declarou que "não houve essa reunião", citada na
denúncia da força-tarefa da Lava Jato. Cunha disse a Moro que "a
resposta de Michel Temer nas perguntas está equivocada".
As informações são de reportagem de Ricardo Brandt, Beatriz Bulla, Valmar Hupsel Filho e Mateus Coutinho no Estado de S.Paulo.
"'Essa reunião era justamente pelo desconforto que existia
com as nomeações do PT de Graça Foster para a Diretoria de Gás e José
Eduardo Dutra para a presidência da BR Distribuidora terem sido feitas
sem as nomeações do PMDB", afirmou Cunha, interrogado pela primeira vez
por Moro como réu da Lava Jato.'
O ex-presidente da Câmara explicou que "houve uma revolta da
bancada do PMDB na votação do CPMF". Temer era o presidente nacional do
PMDB, na ocasião.
'Nesse dia, eles chamaram, Michel e Henrique Alves chamaram
para essa reunião, para acalmar a bancada, e a bancada acabou votando em
seguida a CPMF'.
'Ele (Temer) participou sim da reunião e foi ele que
comunicou a todos nós o que tinha acontecido na reunião, porque não era
só o cargo da Petrobrás, era outras várias discussões que aconteciam no
PMDB'.
Cunha declarou que havia um hábito semanal de reuniões dele
com Temer e outros coordenadores do PMDB para “debater e combinar toda
situação política”.
'Tudo era reportado, sabíamos de tudo e de todos'".
'Tudo era reportado, sabíamos de tudo e de todos'".
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