Prestes a ser atingido pelo tsunami de acusações das
delações da Odebrecht, o Congresso prepara uma blindagem interna para
preservar senadores e deputados ameaçados pela Lava Jato. O front agora
são os conselhos de ética das duas Casas, que são espécie de "tribunais"
legislativos, responsáveis por recomendar ao plenário a cassação ou não
do mandato de um deputado ou de um senador pela chamada quebra do
decoro parlamentar. Os congressistas agora concentram esforços para
atuar nos conselhos e restringir, por lá, o impacto das delações.
As informações são de reportagem de Ranier Aragon, Daniel Carvalho e Débora Álvares na Folha de S.Paulo.
"Tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quanto
o do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), são citados na delação da
Odebrecht. Os dois políticos negam irregularidade.
Os conselhos de ética da Câmara e do Senado terão suas novas composições definidas após o Carnaval.
O do Senado é composto por 15 parlamentares e deve ser
comandado pela sexta vez por João Alberto Souza (PMDB-MA), ligado ao
ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP).
Já o Conselho de Ética da Câmara é composto por 21
deputados. Assim como no Senado, o colegiado terá novos integrantes
indicados pelos partidos após o Carnaval e, depois disso, os indicados
elegem o presidente".
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