Em entrevista ao jornalista Ricardo Noblat, com quem já
demonstrou ter intimidade anteriormente, Michel Temer disse não se
importar com o fato de ter sido citado 43 vezes na delação de Claudio
Melo Filho por pedir R$ 10 milhões à Odebrecht no próprio Palácio do
Jaburu e afirmou ter preocupação zero com o caso. Segundo o delator o
dinheiro saiu do departamento de propinas da empreiteira e visava
garantir apoio do PMDB da Câmara aos interesses da companhia. Temer fez
até questão de corrigir o valor para cima: não seriam R$ 10 milhões, mas
sim pouco mais de R$ 11 milhões.
A reportagem foi publicada em O Globo.
"Não foram R$ 10 milhões. Marcelo doou pouco mais de R$ 11
milhões. O dinheiro foi depositado na conta do PMDB e pagou despesas de
vários candidatos pelo país. Há comprovantes de tudo — garante Temer.
Ele conta que teve a curiosidade de ler com atenção a
íntegra da delação de Melo Filho vazada para a imprensa e se sente
inocente.
Melo Filho afirmou que parte do dinheiro foi paga em
espécie, dos quais R$ 4 milhões a Eliseu Padilha. Uma parte teria sido
também entregue no escritório de José Yunes, amigo e parceiro de Temer.
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