Apesar da recessão e do desemprego recordes, a administração
de Michel Temer está pronta para promover um aumento de impostos para
cumprir a meta fiscal. Hoje, a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB,
soma de todas as riquezas do País) do quarto trimestre de 2016 e o
saldo de todo o ano passado servirá de base para a definição do
planejamento orçamentário de 2017. Além da possível alta de impostos, a
auxiliares, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vem repetindo que
fará o corte "que for necessário" no orçamento para garantir a meta
deste ano, um deficit de R$ 139 bilhões.
As informações são de reportagem de Irany Tereza e Adriana Fernandes no Estado de S.Paulo,-
"Por enquanto, a alta de impostos é apenas uma possibilidade
e não deve ser incluída nos cálculos de receitas e despesas do governo
Mas, se for necessária, a equipe econômica não hesitará em lançar mão,
ao longo do ano, da medida mais drástica de alta de tributos para fechar
as contas.
Hoje, o IBGE divulga o saldo das contas nacionais de 2016,
que, pelas expectativas do mercado, foi negativo em 3,6%, conforme
pesquisa feita pelo Projeções Broadcast com 48 instituições financeiras.
O anúncio do corte orçamentário será feito no próximo dia
22, com o envio ao Congresso do relatório de avaliação de receitas e
despesas. Há pressão da ala política do governo para que seja incluída
no relatório uma previsão de crescimento do PIB, o que permitiria um
corte menor.
Orçamento foi elaborado com projeção de crescimento do PIB
de 1,6% e, no fim do ano passado, a projeção oficial da Fazenda estava
em 1%. Outro problema para o governo é o impacto negativo da queda mais
acelerada da inflação nas receitas que também terá de ser administrado.
Já se sabe que a previsão de receitas com concessões e venda de ativos
vai cair".
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