O golpe de 2016,
personificado na triste figura de Michel Temer, que traiu a presidente
eleita Dilma Rousseff para chegar ao poder por meio de uma conspiração
de políticos corruptos, é também um fracasso, segundo aponta o
Datafolha.
Temer é hoje o político
mais rejeitado do Brasil, com 65% de avaliações negativas, e 85% dos
brasileiros querem eleições diretas já. Antes do golpe, já eram 63% os
brasileiros que defendiam diretas, mas Temer foi imposto pelo
establishment político e midiático para fazer suas reformas altamente
impopulares.
Como o Brasil só fez
piorar deste então, e hoje tem 14,2 milhões de desempregados, o grito
por eleições diretas é praticamente um consenso nacional.
A pesquisa também revela
que Temer é mais impopular do que foi Dilma em seu pior momento, com uma
diferença importante: enquanto ela foi massacrada, ele é protegido
pelos barões da velha mídia.
"Segundo pesquisa do
Datafolha, a gestão do peemedebista tem 61% de avaliação ruim ou
péssima, com 28% a considerando regular e apenas 9%, ótimo ou bom. Logo antes de a Câmara afastá-la, em abril do ano passado, Dilma tinha 63% de rejeição e 13% de aprovação. Os
9% [de Temer] de aprovação são também similares à taxa de Fernando
Collor de Mello antes de ser impedido, em setembro de 1992, embora a
reprovação fosse maior (68%). Quando
colocado como eventual candidato à reeleição, Temer vê a rejeição a seu
nome subir de 45% para 64% de dezembro para cá", informa o Datafolha.
"A deterioração da imagem
da Presidência impressiona. De dezembro de 2012, quando a pergunta foi
feita pela última vez, para cá, disseram não confiar nela 58% dos
ouvidos, contra 18% em 2012. É um índice quase igual ao da confiança no
Congresso, historicamente baixa: 57% de 'não confio'".
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