247 – O
governo Temer, como todos sabem, apodreceu. Pela primeira vez na
História, o Brasil tem um ocupante da presidência da República
investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial,
pego em flagrante, numa ação controlada da Polícia Federal.
Além disso, segundo o
Instituto Datafolha, 85% já queriam a realização de eleições diretas,
antes mesmo da divulgação dos grampos da JBS – o que indica que o número
atual deve ser próximo a 100%.
Portanto, uma imprensa
sintonizada com os anseios dos leitores teria total interesse em
acompanhar de perto o que aconteceu neste domingo no Rio de Janeiro. Numa
tarde fria e chuvosa em Copacabana, mais de 50 mil pessoas foram à
praia para soltar dois gritos presos na garganta: Fora Temer e Diretas
já.
Nada disso, porém,
aconteceu. Assim como na ditadura militar, a imprensa brasileira, que
agora se associou ao golpe parlamentar de 2016, fingiu não ver a
gigantesca mobilização popular, que tende a continuar crescendo nos
próximos dias.
O silêncio da mídia foi tão
vergonhoso, que gerou protestos nas redes sociais. "Jornalismo?
Milhares de pessoas numa grande manifestação em Copacabana por Diretas
Já e os portais ignoram literalmente", escreveu o jornalista Florestan
Fernandes Júnior.
Os barões da mídia sabem
que Michel Temer se tornou inviável, mas correm para emplacar um
presidente biônico. O motivo? Medo da volta de Luiz Inácio Lula da
Silva.
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