Se disputa muito no encontro entre a
democracia e seus detratores. Antes de tudo, o que é melhor para o
Brasil: a violação da democracia supostamente para salvar o Brasil ou a
reafirmação da democracia para salvar o Brasil. Seus detratores nem se
preocupam em dizer que lutam pelo resgate da democracia, até porque
teorizam que viveríamos uma situação excepcional, que demandaria e
autorizaria métodos excepcionais, que se chocam com o Estado de direito e
com a democracia. Quem defende que a democracia e' o caminho certo da
historia, não transige com o Estado de Direito e com os direitos de
todos.
Os resultados de quem apela para
métodos excepcionais estão à vista: instalado por um golpe, o governo
mais corrupto da historia do Brasil desmonta os direitos de todos, o
patrimônio nacional e a soberania externa. Tudo aos olhos de quem
deveria defender o Estado de Direito. As pesquisas confirmam que a
população sabe que a corrupção só aumentou com o golpe e o governo que
surgiu dele, descrê na democracia e na política como ação pelo bem de
todos, quer a recuperação do direito de eleições diretas para definir o
destino do pais.
Quem é democrata hoje no Brasil?
Fica claro que é quem confia na decisão do povo mediante o voto direto.
Quem é quem convoca o povo para as ruas e não quem o reprime. Quem é
quem respeita o direito de todos os acusados. Quem é quem reivindica que
os juízes só' falem nos autos. Quem ninguém seja execrado e julgado na
mídia, no lugar de um julgamento isento. Esta' evidente que quem defende
a democracia está, intransigentemente, contra o golpe e briga pelas
eleições diretas.
Quem é corrupto no Brasil? Os
membros do governo e do PSDB, com contas no exterior e acusações de
recebimento de polpudas cifras? Ou o Lula, que não tem conta nenhuma,
que não foi acusado de manejar recursos recebidos ilicitamente, que
continua vivendo, depois de ter sido o presidente de maior sucesso na
historia do Brasil, no mesmo apartamento em que vivia, em Sao Bernardo,
antes de ser eleito? A Dilma, sobre quem não pairam nem suspeitas de
qualquer tipo de irregularidade.
Quem tem o apoio do povo, o que diz a
voz das ruas? A direita invocou a voz das ruas para legitimar o golpe.
Juizes que violam a democracia alegam que teriam apoio das ruas. Hoje as
ruas tem um grito uníssono contra o governo surgido do golpe, contra o
pacote antipopular de medidas que o Congresso trata de aprovar, pelas
eleições diretas para presidente da republica.
Curitiba foi apropriada
indevidamente por um conjunto de juízes, que pretendiam ter uma
jurisdição própria – uma espécie de Guantánamo brasileira –, para levar a
cabo seu projeto de passar a limpo a história do Brasil, que já não
teria sido a da luta contra as injustiças sociais, mas uma farsa
encoberta pela corrupção, segundo eles. Para isso precisavam ter um
espaço em que se legitimassem suas formas antidemocráticas de ação. E
tentaram e apropriar de Curitiba, estado que tem longa trajetória de
lutas populares e de defesa da democracia.
A farsa demorou um tempo, mas logo
se esgotou. 15 pessoas se manifestando a favor do Moro expressou ao que
tinha ficado reduzido o suposto feudo que ele pretendia comandar. Por
outro lado, manifestações cada vez maiores foram ocupando as ruas e as
praças de Curitiba, revelando uma forca popular que tinha ficado
limitada pelo marketing dos juízes.
Agora o próprio juiz que apela à
mídia, vem pedir que sua gente não venha, para não haver comparação
evidente entre quantos estão de um lado e do outro. Apela como chefe de
gangue, para que não façam badernas, que se desmobilizem, como se fosse
necessário, para um grupo que foi minguando cada vez mais.
Eles escolheram o lugar da disputa e
o povo topou. Vai ocupar as praças e ruas de Curitiba, de forma
pacifica, alegre, combativa, com gente vinda de todo o Brasil, para
fazer de Curitiba, no dia 10 de maio, o que ela merece ser – a capital
democrática do Brasil, para abraçar o Lula, para fazer, como se diz:
estar junto com ele, que nunca deixou de estar com o povo. No cenário de
uma Curitiba democrática, popular, defensora do Estado de Direito.
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