Do Infomoney -
O Conselho Federal de Economia (Cofecon) divulgou nota nesta
terça-feira (30) em que critica as reformas do governo federal, como a
trabalhista e a previdenciária, pede o afastamento do presidente Michel
Temer do cargo e ainda prega pela realização de eleições diretas como
"passos indispensáveis para a tão desejada retomada do crescimento
econômico".
O Cofecon ressalta que já havia pedido, em 19 de maio, a
"apuração célere das graves denúncias envolvendo a Presidência" e propôs
que "em havendo vacância do cargo de Presidente, que sejam convocadas
eleições gerais diretas antecipadas para a Presidência da República e
para a Câmara dos Deputados e 2/3 do Senado Federal, com mandatos que
excepcionalmente finalizem em 2022, mediante a aprovação de uma Proposta
de Emenda Constitucional".
Agora, o Conselho afirma que novos e graves fatos surgiram
nos últimos 10 dias: a) a liberação, pela Procuradoria Geral da
República, da íntegra da gravação da conversa entre Temer e Joesley
Batista; b) entrevista do presidente ao jornal Folha de São Paulo,
reconhecendo o teor da gravação; c) a "Marcha dos 100 mil" em Brasília
contra as reformas; d) os 13 pedidos de impeachment de Temer já
impetrados, em especial o da OAB; e e) o ato com 150 mil manifestantes
no Rio de Janeiro pelo impeachment e pelas Diretas Já.
"Tratam-se de fatos que aprofundaram ainda mais a crise
político-institucional, com consequências negativas para o cenário
econômico", diz a nota.
"Tanto a permanência de Temer quanto a eleição indireta de
um novo presidente manterão a economia brasileira 'na UTI' nos próximos
18 meses, com a retração dos investimentos e a consequente ampliação do
desemprego, fomentando a desesperança e ampliando o risco de explosão do
'caldeirão social'", diz o texto.
"Portanto, afastar Temer, sustar a agenda de 'reformas' e
realizar eleições diretas são passos indispensáveis para a tão desejada
retomada do crescimento econômico", conclui a nota do Cofecon.
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