As forças econômicas que
articularam o golpe de 2016 já têm seu candidato para assumir a
presidência da República, por meio de eleições indiretas.
Trata-se do ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, pois, com ele no poder, seria possível
prosseguir com a agenda das reformas trabalhista e previdenciária, sem o
fedor que emana do Palácio do Planalto, ocupado por Michel Temer,
personagem investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução
judicial.
"Partidos aliados de
primeira hora do presidente Michel Temer buscam uma saída negociada com o
Planalto que seja uma continuidade do que, para eles, vem dando certo
no atual governo. Diante da perspectiva de agravamento da crise
deflagrada pelas delações da JBS, líderes de siglas como PSDB, PMDB e
DEM pretendem bloquear qualquer iniciativa de realizar eleições diretas
por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e articulam um
nome de consenso para uma eventual disputa indireta no Congresso",
informam os jornalistas Alberto Bombig, Pedro Venceslau e Ricardo Galhardo.
"Nas últimas horas, ganhou
força o nome de Henrique Meirelles, ministro da Fazenda de Temer, como
uma alternativa viável para manter a base unida e a bandeira das
reformas hasteada. Se Temer renunciar, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), terá 30 dias para convocar o pleito, que contará apenas
com senadores e deputados no colégio eleitoral. Principal
aliado do governo, o PSDB ensaiou uma debandada após a divulgação do
áudio da conversa entre o Joesley Batista, da JBS, e Michel Temer, mas
recuou após um pedido de tempo para a construção de um consenso que
evitasse a implosão da base e comprometesse as reformas".
Queda de Temer é questão de dias e só não aconteceu ainda porque as forças golpistas tentam controlar a sucessão.
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