Michel Temer é hoje um
grande estorvo para o Brasil. Na sexta-feira, foi alvo da maior greve
geral da história do Brasil. No domingo, recebeu a pesquisa Datafolha
que indica que 85% dos brasileiros exigem diretas-já e o querem longe do
Palácio do Planalto. Na segunda, soube que sete em cada dez brasileiros
são contra sua reforma da Previdência. E também neste Primeiro de Maio
foi alvo de protestos em todo o Brasil.
Ou seja: colocado no poder
por meio de uma conspiração orquestrada por políticos corruptos, que
pretendiam se proteger da Lava Jato, Temer não tem mais nenhuma
serventia. Nem mesmo para as forças econômicas que deram apoio ao golpe
parlamentar de 2016 – o capítulo mais vergonhoso da história do Brasil.
Isso porque ele não será
capaz de entregar a tão prometida reforma da Previdência. Como até
parlamentares corruptos precisam de voto para se reeleger em 2018, e
assim preservarem o foro privilegiado, é certo que Temer virou um peso
até para os seus aliados. Prova disso é o péssimo desempenho de todos os
nomes do PSDB na pesquisa Datafolha, que decidiram morrer no abraço de
afogados com Temer e com o golpe.
Se ele não for afastado
antes de 2018, seu governo se resumirá a afastar os oito ministros
investigados na Lava Jato que, mais cedo ou mais tarde, serão
denunciados pelo Ministério Público. Alguns, como Eliseu Padilha e
Moreira Franco, por histórias cabeludas, como o pagamento de propinas em
dinheiro vivo.
Temer se tornou um peso
para o PSDB, para os empresários que veem seus negócios desaparecerem e
até mesmo para a Globo, grande arquiteta do golpe, que foi também um dos
grandes alvos dos protestos na greve geral e neste Primeiro de Maio.
Ou seja: a única saída honrosa é a renúncia.
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