Após cinco horas de
depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva caiu nos braços do povo e subiu ao palco para discursar para mais
de 50 mil pessoas.
Lula foi recebido aos gritos de "presidente".
Ao começar a falar, Lula
disse que "não tem tamanho para tamanha solidariedade". Ele afirmou que
jamais imaginaria que ônibus sairiam do Acre, do Piauí, da Bahia e de
tantos estados para prestar solidariedade.
"Se não fossem vocês, eu não teria forças para suportar esse massacre".
Ao ver tantos jovens, Lula afirmou que sua relação com o povo brasileiro começou com os pais e avós desses jovens.
"Eu quero merecer a confiança de vocês e dos filhos de vocês", afirmou.
Lula disse ainda que a
História ainda irá contar como ele foi vítima do maior massacre a que um
homem público já foi submetido. E também o golpe vergonhoso dado contra
a presidente legítima Dilma Rousseff.
Sobre o julgamento em si,
ele ironizou a força-tarefa da Lava Jato. "Hoje eu achei que iriam me
mostrar uma escritura. E nada, nada, nada!", afirmou. "Não quero ser
julgado por interpretações, quero ser julgado por provas".
Lula também disse ter dito
aos procuradores que eles não respeitam nem a sua neta de quatro anos,
que sofre bullying na escola. Lula também prometeu voltar: "se a elite
deste país não tem competência, eu vou voltar para consertar este País".
Ao final, a multidão cantou "olê, olê, olá, Lula, Lula".
A fala de Dilma
Ao seu lado, a presidente deposta Dilma Rousseff também foi recebida aos gritos de "volta Dilma".
Ao todo, mais de 700 ônibus, de vários rincões do País, se deslocaram a Curitiba.
Nesta quarta-feira, a hashtag #MoroPersegueLula se tornou um dos assuntos mais comentados no mundo.
"O Brasil não vai continuar
nesse caminho de golpe", disse Dilma. "Nem na ditadura militar mexeram
nos direitos trabalhistas do povo", disse Dilma. Ela disse ainda que
Lula é a maior liderança popular da história do Brasil e irá vencer o
retrocesso que está sendo imposto pelo golpe.
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