Excluindo os generais da
ditadura militar, nenhum presidente fez tão bem à Globo quanto Luiz
Inácio Lula da Silva. Em seu primeiro governo, Lula salvou o grupo da
família Marinho, que enfrentava sérias dificuldades financeiras
decorrentes de sua dívida cambial contraída na era FHC. No segundo, Lula
conquistou para o Brasil o direito de sediar a Copa de 2014 e os Jogos
Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, dois eventos em que a Globo ganhou
rios de dinheiro.
Deve ser por isso que os
Marinho jamais perdoaram Lula. E são eles os principais responsáveis por
uma guerra que já destruiu a economia brasileira, quebrou várias
empresas nacionais e feriu de morte a democracia, com o golpe mandrake
executado em 2016. O plano original previa a extinção do Partido dos
Trabalhadores e a eventual prisão de Lula – dois objetivos ainda não
alcançados.
Mas a Globo não
desiste. Neste fim de semana, a revista Época, dos Marinho, inventa
propinas de R$ 80 milhões de Lula. A lista inclui as palestras que ele
realizou (inclusive para a Globo), o triplex que ele não comprou, a sede
que o Instituto Lula não ganhou e outras bobagens.
Além disso, os principais
colunistas do jornal O Globo, Merval Pereira e Miriam Leitão, foram
orientados a descascar a lenha em Lula. Os dois tratam como verdade
absoluta a delação de Renato Duque – que, depois de três anos preso,
esperou justamente a semana que antecede o depoimento de Lula em
Curitiba para tentar criminalizá-lo.
O esforço da Globo para destruir Lula foi resumido pelo senador Roberto Requião numa palavra: canalhice (leia mais aqui).
No entanto, embora seja o maior monopólio de comunicação do mundo, a
Globo não conseguiu destruir Lula, que lidera todas as pesquisas sobre
sucessão presidencial e seria eleito mais uma vez, se as eleições fossem
hoje.
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