PF investigará Accioly, da Bodytech, como suposto laranja de Aécio

 
Minas 247 - Amigo e compadre do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o empresário Alexandre Acciolly será investigado pelo MPF (Ministério Público Federal) depois que a PF (Polícia Federal) interceptou ligações entre o tucano e um homem que, segundo relatório da Operação Patmos, é apontado como Acciolly. A informação foi confirmada por fontes ligadas à investigação.
O empresário já havia sido citado por um delator da Odebrecht como dono de uma conta em Cingapura na qual teriam sido feitos depósitos de propina destinados a Aécio.
As informações são de reportagem de Leandro Prazeres e Flávio Costa no UOL.
"Durante as investigações da Operação Patmos, a PF interceptou ligações telefônicas entre o senador afastado Aécio Neves e um homem que a PF diz acreditar que seja o empresário Alexandre Acciolly.
A PF afirma que interceptou três ligações feitas por Aécio, a partir de um celular pertencente a um assessor do senador. Uma ligação foi feita à irmã dele, Andrea Neves, que foi presa durante a deflagração da Operação Patmos. "As outras duas são para o mesmo interlocutor, e cujo interlocutor era referenciado por AÉCIO NEVES como 'MORENO', contudo o interlocutor também referência (sic) AÉCIO NEVES como 'MORENO'", lê-se no relatório da PF.
As duas conversas aconteceram entre os dias 29 e 30 de abril. Na primeira, Aécio chama a atenção de seu interlocutor, identificado no diálogo como "Moreno", às notícias publicadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo" no dia 29. Accioly nega que seja ele o interlocutor (leia mais abaixo).
Em uma conversa aparentemente cifrada, segundo a PF, o tucano conversa sobre um "passeio de moto" e "motoqueiros malucos".
Aécio se despede mandando saudações às três meninas de "Moreno", que seriam suas filhas.
O relatório da PF sobre as interceptações telefônicas de Aécio Neves indica que, nas menções às notícias veiculadas no dia 29 de abril, os termos "motoqueiros malucos" e "passeio de moto" seriam alusivos à informação publicada naquele dia de que executivos da empreiteira Andrade Gutierrez teriam se adiantado a uma convocação do MPF para explicar as suspeitas de pagamento de propina referente às obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia.
Para a PF, motoqueiros seriam os "delatores" e "passeio de moto" seria a delação".

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