Para comprar o apoio de deputados para sua reforma da
Previdência, que acaba com a aposentadoria dos brasileiros, Michel Temer
planeja acelerar a liberação de verbas para pagar emendas dos
parlamentares que se comprometerem a votar a favor das mudanças.
Em reunião nesta segunda-feira (8), Temer determinou que
seus ministros privilegiem cerca de 330 parlamentares na distribuição
dos recursos, usados para bancar obras e projetos nas bases eleitorais
dos congressistas.
As informações são de reportagem de Bruno Boghossian, Gustavo Uribe e Daniel Carvalho da Folha de S.Paulo.
"O governo estima que os projetos indicados por esses
parlamentares ainda têm R$ 1,9 bilhão a receber até o fim do ano —média
de quase R$ 6 milhões para cada um.
A ideia é pagar parte agora para reduzir a resistência dos
deputados na votação. As liberações devem ser feitas nas próximas três
semanas.
Parlamentares de oposição e aqueles que traíram o governo em
votações recentes ficarão fora da distribuição, e suas emendas devem
ficar represadas até o fim do ano.
A estratégia do Palácio do Planalto é dar conforto aos
integrantes mais fiéis da base aliada, que poderão levar o dinheiro para
os projetos em seus municípios e, assim, compensar a carga negativa que
terão em suas bases eleitorais ao votar pela reforma.
Temer tem enfrentado dificuldades para conquistar os 308
votos necessários para aprovar a proposta, que modifica vários artigos
da Constituição e por isso precisa de 60% dos votos para ser aprovada.
Temer distribuiu cargos e demitiu funcionários indicados por integrantes
da base que votaram contra propostas de interesse do governo".
0 Comments:
Postar um comentário