247 - A condenação do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá deverá acontecer sem
provas, tendo como base apenas declarações feitas em delações premiadas.
Nas alegações finais da Procuradoria na ação, última
manifestação dos acusadores antes da sentença, o depoimento do
empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, concedido a Sérgio Moro em abril, é
citado cerca de 60 vezes pelos procuradores na argumentação a favor da
condenação de Lula.
A confissão de outro ex-executivo da OAS, Agenor Franklin
Medeiros, que descreveu o pagamento de suborno pela construtora no
âmbito da Petrobras, é mencionada em mais 13 ocasiões.
As informações são de reportagem de Felipe Bachtold na Folha de S.Paulo.
O juiz federal Sérgio Moro deve aceitar a tese e condenar
Lula com base somente em delações, mas a decisão deve ser anulada em
instâncias superiores
Ontem, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT)
João Vaccari Neto foi absolvido em segunda instância da condenação por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro, referente a irregularidades
investigadas na Operação Lava Jato.
Vaccari havia sido condenado a 15 anos e quatro meses de
reclusão pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba. No julgamento realizado
pela 8ª Turma da corte gaúcha, responsável por julgar processos
relativos à Operação Lava Jato em segunda instância, a absolvição teve
dois votos favoráveis e um contrário. Os desembargadores que decidiram
pela absolvição consideraram que as provas foram baseadas somente em
delações premiadas.
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