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A perícia da Polícia Federal nos grampos feitos pela JBS trouxe novos
elementos constrangedores para Michel Temer, segundo aponta reportagem de Renata Agostini.
Além de
autorizar o empresário Joesley Batista a comprar o silêncio de Eduardo
Cunha e negociar propinas com o homem da mala Rodrigo Rocha Loures, ele
também demonstrou ter pressionado a ex-presidente do BNDES, Maria Silvia
Bastos Marques, a favorecer negócios do grupo.
"Melhorias
feitas no áudio da conversa, que foi gravada por Joesley secretamente,
permitiram aos peritos da PF reconstituir trechos do diálogo que antes
estavam inaudíveis, segundo o laudo da polícia. No
encontro, Joesley afirma ter ouvido do ex-ministro Geddel Vieira Lima
que houve empenho e esforço com ´o BNDES e aquela operação lá´. De
acordo com trecho que os peritos da PF dizem ter recuperado agora, o
presidente da República responde então ao empresário: 'Sabe que eu fui
em janeiro pressionar'", diz a reportagem.
¨O contexto da
conversa sugere que a pressão relatada por Temer ocorreu sobre a então
presidente do BNDES, Maria Silvia Marques Bastos. Isso porque, um pouco
mais adiante, o peemedebista completa: 'Muito recentemente eu a chamei,
porque ela tá travando muito crédito', de acordo com transcrição feita
pelos peritos da PF."
A intenção da
família Batista era transferir a sede da empresa para a Irlanda,
transformando a operação brasileira em uma subsidiária dessa companhia
internacional, e lançar ações da nova JBS na Bolsa de Nova York.
Recentemente, Maria Silvia se demitiu, sem explicar os motivos.
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