247 - Em 2017, sob o governo de Michel Temer, Brasil
vive a pior crise de empregos de sua história; a parcela da força de
trabalho brasileira com alguma ocupação chegou neste ano ao mais baixo
patamar em mais de duas décadas; nem nas sucessivas crises dos anos
1990, nem durante a turbulência que levou o país pela última vez ao FMI
(em 2002), tampouco durante os efeitos da crise financeira global de
2009, a ocupação tinha sido tão abatida como na recessão de agora
As informações são de reportagem de Mariana Carneiro na Folha de S.Paulo.
"Os economistas Bruno Ottoni e Tiago Barreira, da FGV,
reconstruíram a série de mercado de trabalho até 1992, permitindo
comparar os dados atuais com os dos últimos 25 anos.
A primeira análise que extraem dessa base de dados é que a
destruição de empregos é mais severa na crise atual e persiste mesmo com
os sinais mais recentes de estancamento da retração do PIB, no primeiro
trimestre.
O percentual médio da força de trabalho que se declarou
ocupada, em empregos com carteira assinada, informais, por conta própria
e até como empregadores, recuou para 86% entre janeiro e abril deste
ano. A força de trabalho inclui ainda os desempregados que procuraram
trabalho recentemente.
Antes disso, o mais baixo percentual observado na série
ocorreu em março de 2002 (89%), em meio à crise de confiança provocada
pela vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial.
A atividade econômica também estava enfraquecida pelo racionamento de
energia ocorrido um ano antes, no governo FHC.
Ottoni afirma que, no passado, foram breves os períodos em
que a população ocupada recuou. Agora, a queda ocorre de maneira
contínua desde o início de 2015".
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