Minas 247 - O acordo de delação premiada
fechado pelo empresário Marcos Valério deve atingir os senadores Aécio
Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-MG), o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso e o ex-governador de Minas Eduardo Azeredo, além do
ex-presidente Lula.
O acordo, composto de 60 anexos, foi rejeitado pela
Procuradoria Geral da República e pelo Ministério Público de Minas
Gerais, e acabou sendo fechado nesta semana com a Polícia Federal.
Valério já cumpre pena pela condenação no caso do 'mensalão', pelo qual
foi condenado a mais de 37 anos.
Segundo reportagem
de Carolina Linhas, da Folha de S.Paulo, a delação, assinada neste mês,
foi enviada ao Supremo Tribunal Federal e depende de homologação. Ainda
não está claro quais episódios serão considerados e investigados pela
PF.
Segundo o publicitário, o esquema de empréstimos
fraudulentos do Banco Rural e ainda um repasse de R$ 1 milhão da
Usiminas via caixa dois beneficiaram as campanhas de FHC (1998), Aécio
(2002) e Serra (2002). A siderúrgica também foi usada na eleição de
Lula, em 2002, conta Valério.
Valério sustenta também que suas agências de publicidade
participaram do financiamento ilegal da atividade política de Aécio
desde os anos 90. Ele afirma ainda que o tucano recebia 2% do
faturamento bruto dos contratos do Banco do Brasil no governo FHC.
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