247 – O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva fez uma enfática defesa do legado do governo
presidente Dilma Rousseff, ao conceder entrevista a uma rádio paulista.
"É importante a gente
relembrar dezembro de 2014, quando o Brasil tinha o menor índice de
desemprego de sua história, 4.5% de desemprego. Era padrão Suécia,
Dinamarca e Alemanha. Os trabalhadores de categorias organizadas tinham
aumento real, o salário mínimo tinha tido aumento de 74%", disse o
ex-presidente Lula, ao rebater a tese de que a depressão atual teria
sido provada por Dilma, como vem sendo alardeado por setores da direita.
Na realidade, Dilma foi
impedida de governar já em 2015, quando Eduardo Cunha e Aécio Neves
sabotaram as iniciativas do Palácio do Planalto, com a política do
"quanto pior, melhor", e a depressão econômica se aprofundou com a
chegada de Michel Temer ao poder, em maio de 2016.
Abaixo, notícia postada pelo ex-presidente Lula:
Em entrevista à Rádio
Capital nesta terça-feira (18), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva saiu em defesa do legado dos governos petistas e relembrou que foi
em dezembro de 2014 que o Brasil emplacou os melhores índices de
geração de emprego. "É importante a gente relembrar dezembro de 2014,
quando o Brasil tinha o menor índice de desemprego de sua história, 4.5%
de desemprego. Era padrão Suécia, Dinamarca e Alemanha. Os
trabalhadores de categorias organizadas tinham aumento real, o salário
mínimo tinha tido aumento de 74%", ponderou.
Lula destacou que fatores
políticos travaram as agendas do governo. "A Dilma terminou seu primeiro
mandato com uma aprovação invejável. Mas tínhamos um presidente da
Câmara (Eduardo Cunha) que trabalhava contra o governo, para que ele não
desse certo. E esse foi um erro grave", avaliou. Para o ex-presidente, o
processo do golpe acabou provando que "o problema do Brasil não era a
Dilma".
"Aqueles que deram um golpe
falando que o país iria virar um paraíso deixaram o país pior. Aumentou
nossa dívida fiscal, aumentou o desemprego e as incertezas", disse o
ex-presidente.
Lula também criticou as
reformas promovidas pelo atual governo e voltou a defender que Temer
convoque novas eleições. "A reforma trabalhista vai deixar um regime de
semi escravidão nesse país. A única solução para o Brasil agora seria
convocar eleições diretas."
Processo
O ex-presidente também
comentou a sentença proferida pelo juiz de primeira instância, Sérgio
Moro, na semana passada. "Nesse processo a única coisa que foi levada em
conta foi a necessidade de prestar serviço a quem quer que o Lula não
dispute a eleição. Falei para o Moro no dia do meu depoimento que ele
estava preso ao compromisso que ele tem com a imprensa", ressaltou.
O ex-presidente afirmou
acreditar que a Justiça ocorrerá em outra instância. "A única coisa que
eu tenho é a minha dignidade e por ela lutarei até o fim. Não vou
permitir que meia dúzia de jovens mal intencionados tentem jogar minha
imagem na lama. Acredito que haverá de acontecer a Justiça em outra
instância nesse país".
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