247 - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), passou o último domingo (9) imerso em articulações. Às
vésperas de uma semana decisiva para o governo Michel Temer, traçou a
diversos interlocutores um cenário em que trata a queda do peemedebista
como irremediável.
No comando da Câmara e sucessor imediato ao Planalto caso o
afastamento e a derrocada de Temer se concretizem, Maia encerrou o fim
de semana com uma reunião em sua residência oficial em que serviu pizza e
sopa e estava cercado de parlamentares da base aliada ao governo.
Um dos deputados que estavam no encontro contou que, em tom
sóbrio, Maia reproduziu a alguns dos presentes o diagnóstico que disse
ter feito, horas antes, ao próprio Temer, no Palácio do Jaburu.
Segundo este interlocutor, o presidente da Câmara afirmou
ter dito a Michel Temer que ele poderá sobreviver à votação, no plenário
da Casa, da primeira denúncia apresentada pelo procurador-geral,
Rodrigo Janot, mas que certamente sucumbiria quando a segunda acusação
chegasse à Câmara.
A avaliação de Maia é que o resultado da primeira votação
influenciará diretamente a segunda, visto que os deputados da base se
desgastariam uma vez em defesa de Temer, mas numa outra ocasião ficaria
"mais difícil".
Maia também se queixou de ministros e aliados do presidente,
que vêm questionando sua lealdade diante de relatos de que tem se
reunido com políticos que articulam um cenário pós-Temer.Procurado, Maia
não quis comentar as reuniões.
As informações são de reportagem de Marina Dias e Daniela Lima na Folha de S.Paulo.
0 Comments:
Postar um comentário