247 - Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil
e da Petrobras, é alvo da 42ª fase da Operação Lava Jato deflagrada
pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (27) no Distrito
Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo a PF, Bendine e pessoas a ele relacionadas teriam
solicitado vantagem indevida em razão dos cargos exercidos para que o
Grupo Odebrecht não viesse a ser prejudicado em futuras contratações da
Petrobras e, em troca, o grupo teria efetuado o pagamento em espécie de
ao menos R$ 3 milhões.
Aparentemente, ainda de acordo com a PF, estes pagamentos somente foram interrompidos com a prisão de Marcelo Odebrecht.
A operação foi batizada de Cobra e cumpre três mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão.
O nome da operação é uma referência ao codinome dado ao
principal investigado nas tabelas de pagamentos de propinas apreendidas
no chamado Setor de Operações Estruturadas da Odrebrecht durante a 23ª
fase da operação.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Aécio Amado - Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (27) mandados
judiciais, entre eles, três de prisão temporário e 11 de busca e
apreensão na 42ª fase da Lava Jato. Os alvos principais, segundo nota do
Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR), são Aldemir Bendine,
ex-diretor da Petrobras e do Banco do Brasil (BB), e operadores
financeiros suspeitos de participarem do recebimento de R$ 3 milhões em
propinas pagas pela Odebrecht.
Bendine esteve no comando do BB entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobras entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016. De acordo com o MPF-PR, existem evidências de que ele pediu propina à Odebrecht AgroIndustrial.
“Numa primeira oportunidade, um pedido de propina no valor de R$ 17 milhões realizado por Aldemir Bedine à época em que era presidente do Banco do Brasil, para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial. Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, executivos da Odebrecht que celebraram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, teriam negado o pedido de solicitação de propina porque entenderam que Bendine não tinha capacidade de influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil”, diz a nota
Bendine esteve no comando do BB entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobras entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016. De acordo com o MPF-PR, existem evidências de que ele pediu propina à Odebrecht AgroIndustrial.
“Numa primeira oportunidade, um pedido de propina no valor de R$ 17 milhões realizado por Aldemir Bedine à época em que era presidente do Banco do Brasil, para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial. Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, executivos da Odebrecht que celebraram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, teriam negado o pedido de solicitação de propina porque entenderam que Bendine não tinha capacidade de influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil”, diz a nota
Além disso, segundo o MPF, "há provas apontando que, na véspera de
assumir a presidência da Petrobras, o que ocorreu em 6 de fevereiro de
2015, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros novamente
solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis. Desta vez, as
indicações são de que o pedido foi feito para que o grupo empresarial
Odebrecht não fosse prejudicado na Petrobras, inclusive em relação às
consequências da Operação Lava Jato".
0 Comments:
Postar um comentário