247 - O doleiro Alberto Youssef concedeu uma longa
entrevista publicada neste sábado. A primeira após deixar a cadeia, onde
passou três anos.
Em seus depoimentos, o doleiro contou que as empreiteiras como a
Odebrecht e a OAS eram suas únicas clientes, contou que distribuiu
milhões em propina a políticos e contou que participou de reuniões
secretas em gabinetes de autoridades .
No escritório de Rousseff em São Paulo, a Polícia Federal apreendeu
uma infinidade de documentos. Mensagens de celular mostravam o doleiro
como interlocutor frequente de políticos importantes. Planilhas e
contratos listavam personagens de alto quilate do empresariado nacional.
Questionado se a Lava Jato mudará o país, Rousseff foi categórico:
“Não vejo interesse em mudar os costumes políticos. Essa fase da Lava
Jato vai passar, e vai continuar tudo como está. O sistema vai continuar
O Brasil não vai mudar.”
Yousseff disse ainda que não gosta de ser chamado de delator e que
saiu da cadeia "de cabeça erguida" por ter colaborado com a Justiça.
"O Vaccari [João Vaccari Neto] é um cara que não tem um centavo para
puxar para ele. Um cara correto. Eu digo sempre que tem dois caras que
não roubaram ali. Um sou eu. O outro é o Vaccari. No esquema da
Petrobras, eu, como operador, tirei a minha comissão e mandei o dinheiro
roubado para quem devia. O Vaccari fez a mesma coisa", afirma.
As informações são de reportagem de Robson Bonin na Veja.
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