247 - A perspectiva de Michel Temer
conseguirá se livrar da denúncia de Rodrigo Janot, nesta quarta (2), não
muda o fato de que o estrago causado pela crise política o obrigará a
governar sobre novas bases.
O PSDB, fiador da ascensão de Michel Temer, chegará ao fim
do processo em frangalhos, profundamente dividido e com os cargos
cobiçados pelo centrão. Este grupo, por sua vez, deixou claro ao
Planalto que espera reconhecimento proporcional à fidelidade que
apresentará no plenário.
A constatação de que o enfraquecimento do PSDB amplia a
dependência do governo do centrão é apontada como principal fator de
instabilidade de uma “nova era” com Temer.
O grupo é conhecido pelo apetite por cargos. Integrantes de
siglas como o PP, PR, PTB e PSD, por exemplo, já dizem contar com uma
reacomodação de cargos na Esplanada após a votação da denúncia.
A bancada do PSDB na Câmara se reúne às 9h desta
quarta-feira (2) para decidir como encaminhar o voto do partido no
plenário. O encontro funcionará como um espelho do comportamento da
bancada tucana na sessão.
O impasse sobre o apoio ao governo Temer pode não deixar
apenas sequelas políticas no tucanato. A amizade de Tasso Jereissati,
presidente interino da legenda, e Aécio Neves, que se afastou do comando
do partido após o escândalo da JBS, está na berlinda.
As informações são da coluna Painel da Folha de S.Paulo.
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