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Primeiro ocupante da presidência da República denunciado por corrupção
na história do Brasil, Michel Temer mandou a JBS entregar R$ 3 milhões,
em dinheiro vivo, ao ex-deputado Eduardo Cunha.
– Pode fazer – disse Temer
ao ex-diretor da JBS, Ricardo Saud, segundo reportagem publicada nesta
noite pelo site da revista Época (leia aqui).
A propina era parte de um acerto de propina de R$ 15 milhões entre a empresa e o PMDB.
Nos próximos dias, a Câmara
irá avaliar se permite que Michel Temer, que conquistou o poder por
meio de um golpe iniciado por Cunha, seja investigado por corrupção.
Temer é aprovado por apenas
5% dos brasileiros, mas vem se mantendo no poder com a compra de
deputados por meio de emendas parlamentares.
Leia, abaixo, o parágrafo mais importante da reportagem de Época:
Após receber a
orientação de Temer, Saud consultou Cunha sobre a forma de pagamento dos
R$ 3 milhões. O deputado pediu à JBS que pagasse em dinheiro vivo. Para
não haver equívocos, Saud procurou Temer pessoalmente. Queria o aval do
vice-presidente. “Pode fazer”, disse Temer, segundo o relato de Saud. O
pagamento foi registrado em uma das planilhas de propina da JBS,
controlada pelo funcionário Demilton. No final da linha aparece a sigla
“MT”, de Michel Temer.
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