Líder da bancada do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL) tem
demonstrado insatisfação com algumas ações do governo Michel Temer.
Entre elas, a proposta de reforma da Previdência, que ele já chamou de
"exagero" e anunciou que será alterada quando chegar à Casa.
Em entrevista à jornalista Tereza Cruvinel,
do 247, Renan criticou ainda a Reforma Trabalhista. "Não podemos
precarizar as relações trabalhistas a um ponto tal, permitindo que o
mercado passe o trator sobre os direitos e garantias erigidos com uma
grande contribuição do PMDB. Uma coisa é o governo, outra coisa é o
PMDB", declarou.
Para completar às propostas de reforma de Temer, um
levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira
10 aponta que 72,4% dos alagoanos desaprovam o atual governo, enquanto
apenas 24,5% aprovam. A gestão do peemedebista é considerada péssima por
41,3% da população do Estado, e regular por 30,2%.
A mesma pesquisa revela que o ex-presidente Lula lidera em
todos os cenários em Alagoas, com 39% a 39,6% das intenções de votos.
Michel Temer fica com 3,5% a 4,3%. E os tucanos também ficam para trás:
Aécio Neves registra 10,2% e Geraldo Alckmin, 6,3%.
Nesse cenário, não é difícil de explicar a razão do
afastamento entre Renan e Temer, por parte do senador. O gesto antecipa
um movimento que será feito por todos os políticos que tiverem
pretensões eleitorais em 2018.
O raciocínio é simples: como Michel Temer é a figura mais
impopular do País, quem estiver próximo a ele reduzirá suas
possibilidades eleitorais. A posição de Lula nas pesquisas, por outro
lado, fará com que brotem neolulistas até entre os políticos que
apoiaram o golpe de 2016.

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