Os policiais militares em Brasília atacaram os manifestantes que
protestam contra o golpe, na noite desta quarta-feira (11). Eles usaram
bombas de gás que provocam vômito nas pessoas. Mulheres que participavam
da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, foram
agredidas com puxões de cabelo, ofensas, bombas de gás lacrimogênio e
sprays de pimenta. Até uma jornalista foi atacada.
Segundo relato dos Jornalistas Livres, os policiais "fizeram uma
barreira na Esplanada, na altura do Ministério da Justiça, para impedir a
marcha pela democracia de se aproximar do Congresso". "Aí um bando de
policiais resolveu deixar a barreira, avançar sobre os manifestantes e
escolher alguns a dedo para revistar de maneira agressiva. Nem é preciso
dizer que a maior parte dos escolhidos foram jovens negros pobres",
informa.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) comentou a ação da PM
do Distrito Federal. Para Jandira, é de se esperar o fortalecimento de
repressões às manifestações e aos movimentos sociais, que estarão cada
vez mais presentes na rua, para o desgosto dos golpistas.
Neste link relato do ataque à repórter fotográfica Paula Fróes.
A polícia recebeu o reforço da tropa de choque, inclusive de um
caminhão, e sete carros da Rotam estão estacionados no Ministério da
Justiça, prontos para agir.
Os manifestantes estão concentrados ao lado do carro de som e, por
enquanto, a confusão acabou. A polícia ordenou que as pessoas se afastem
da barreira policial e, quando alguém se aproxima, os policiais
disparam o gás de efeito moral.
Sobre o incidente, a Secretaria de Segurança Pública informou que
manifestantes contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff
arremessaram garrafas e rojões contra os policiais militares que faziam a
barreira de isolamento na altura do Ministério da Justiça. Para conter o
distúrbio, a PM usou gás de pimenta. No momento, há quatro mil
manifestantes no lado do muro contra o impeachment e mil no lado oposto,
a favor.
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