Na madrugada desta terça-feira, o presidente em exercício da Câmara,
deputado Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu revogar a decisão que proferiu
pela manhã para tentar anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura
do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A Secretaria Geral da Mesa da Câmara recebeu a decisão da revogação
por volta de 00h20. Em quatro linhas, o comunicado foi enviado ao
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de 2016, por meio da
qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos Deputados
ocorridas nos dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se deliberou
sobre denúncia por crime de responsabilidade número 1 de 2015", diz o
texto de sua decisão.
Durante o dia, Renan ignorou a ação de Maranhão, que considerou
"intempestiva" –, e manteve a leitura do resumo do relatório e a sessão
do plenário desta quarta-feira.
Ao justificar a decisão de tentar anular a sessão da Câmara, Maranhão
disse que o objetivo era "salvar a democracia". Depois, foi ameaçado de
expulsão pelo seu partido.
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