Após a Organização Internacional do Trabalho afirmar que, em 2017, um
em cada três demitidos no mundo será brasileiro, o ministro da Fazenda
admitiu o inevitável: o desemprego no Brasil, que durante a gestão de
Michel Temer e Meirelles atingiu seu maior nível —com mais de 12 milhões
de pessoas sem emprego— ainda deve crescer em 2017. Apesar do cenário
econômico desolador, o ministro espera convencer investidores e a
comunidade internacional no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça,
de que o pior da crise já passou e de que o Brasil "finalmente, está
enfrentando seus problemas". Meirelles embarcou para o país europeu para
participar do encontro levando como "vitrine" da gestão Temer a PEC do
teto, que foi criticada por diversos mecanismos internacionais,
inclusive a ONU.
As informações de entrevista feita por Marcelo Moraes na Coluna do Estadão.
Meirelles ainda faz uma ginástica matemática para justificar de onde virá o crescimento.
"É importante mencionar que estamos partindo de uma base muito baixa
na economia. Então, quando comparamos a média do PIB prevista para 2017
com a média do PIB para 2016, a diferença acaba sendo pequena. Mas se
compararmos a projeção do quarto trimestre de 2017 com o quarto
trimestre de 2016, então, estamos prevendo um crescimento de 2%. É um
crescimento forte. A nossa avaliação é que o Brasil vai crescer no
primeiro trimestre de 2017.
O emprego reage de maneira defasada em relação à atividade econômica.
Tanto que em 2014, quando a economia já estava começando a mergulhar, o
emprego ainda estava altíssimo. É a mesma coisa agora. Já estamos
crescendo nesse trimestre e, no entanto, o desemprego ainda sobe um
pouquinho. Devemos ter a recuperação do emprego apenas no segundo
semestre".
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