Depois de entregar de bandeja o mercado de petróleo no Brasil, a
administração de Michel Temer acena a investidores estrangeiros com mais
uma benesse. Na surdina, um decreto presidencial editado na semana
passada atualizou e ampliou lista de atividades econômicas de "alto
interesse nacional", autorizando o recebimento de crédito do Tesouro
Nacional, de fundos e bancos públicos por empresas de capital
majoritariamente estrangeiro. Às vésperas de uma temporada de
privatizações e de concessões de serviços públicos, a novidade animou as
companhias de fora do país.
As informações são de reportagem de Luciano Máximo do Valor.
Enquanto isso, o crédito para a indústria e empresas nacionais mingua.
"O Decreto 8.957, assinado por Temer e pelos ministros da Fazenda,
Eduardo Guardia (interino), e do Planejamento, Dyogo Oliveira, tem base
no artigo 39 da Lei 4.131, de 1962, que garante empréstimos públicos
apenas a empresas estrangeiras que atuam em setores de "alto interesse
nacional", e altera o Decreto 2.233, de 1997, que modificou a lei
anterior e serviu como parâmetro para empréstimos do BNDES a grupos
internacionais que participaram das privatizações do governo Fernando
Henrique Cardoso. Para especialistas, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é protagonista desse
movimento".
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