As políticas econômicas desastrosas de
Michel Temer, aliadas ao clima de instabilidade e de "quanto pior,
melhor" instaurado por forças políticas para viabilizar a derrubada de
Dilma Rousseff, derrubaram a economia dos Estados. Os dois anos de
recessão que o país amargou em 2015 e 2016 fizeram a economia de 12
estados mais o Distrito Federal (DF) retroceder ao patamar do início da
década, diz estudo da Tendências Consultoria Integrada. De acordo com as
projeções do economista Adriano Pitoli, o Produto Interno Bruto (PIB)
de todas as 27 unidades da federação encolheu neste biênio. E, para 13
delas —12 Estados e o Distrito Federal—, o tombo foi tão grande que
anulou a expansão vivenciada entre 2011 e 2014. Ou seja, o PIB desses
estados e do DF está hoje de um tamanho menor do que o registrado ao fim
de 2010.
As informações são de reportagem de Daiane Costa em O Globo.
"As perdas mais expressivas ocorreram nos quatro estados do
Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), no
Rio Grande do Sul e Paraná, no Amazonas, Rio Grande do Norte,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e na Bahia, além do Distrito Federal. Ou
seja, o estudo da Tendências mostra que a recessão que atingiu o Brasil
foi disseminada, afetando tanto as regiões mais ricas do Sudeste e do
Sul, como estados do Nordeste. Os números oficiais dos PIBs estaduais
são medidos pelo IBGE, mas os últimos dados disponíveis são de 2014.
O Rio de Janeiro, cujo PIB encolheu 7,2% em dois anos, de
acordo com o estudo, tem um dilema ainda maior, devido à crise de suas
contas públicas e ao que o economista classifica como um legado perverso
deixado pelos Jogos Olímpicos.
Amazonas e São Paulo, dois estados bastante
industrializados, e portanto mais sensíveis aos ciclos econômicos,
tendem a ter uma recuperação mais acentuada assim que a economia do país
voltar a crescer, preveem analistas. Marcelo Souza, superintendente
adjunto de Planejamento da Superintendência da Zona Franca de Manaus
(Suframa), polo industrial responsável por 92% da receita do estado do
Amazonas, diz que a recessão levou o complexo a demitir 30 mil pessoas".
0 Comments:
Postar um comentário