Michel Temer e seus aliados estão com medo da reação das
ruas após a divulgação da nova lista do procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, que deve atingir em cheio a alta cúpula governista, bem
como contra parlamentares do PSDB e do PMDB. No Planalto, a avaliação é
que as novas denúncias podem turbinar as manifestações de rua contra o
governo, como a marcada para o dia 26 nas principais capitais do país. A
última lista apresentada pelo procurador-geral, em março de 2015, foi
explorada por movimentos de rua para fortalecer o coro pela saída da
então presidente Dilma Rousseff.
As informações são de reportagem de Gustavo Uribe na Folha de S.Paulo.
"Na tentativa de blindar a reforma previdenciária,
considerada a prioridade do Palácio do Planalto no primeiro semestre, o
presidente se reuniu no final de semana com líderes da base aliada e
pediu empenho para que o texto original seja mantido com poucas
mudanças.
Nos bastidores, auxiliares e assessores presidenciais temem
que o impacto da lista possa atrasar a tramitação, postergando a votação
para junho, e reconhecem que o Palácio do Planalto poderá retaliar
traidores na base aliada, com a retirada de cargos e emendas".
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