A primeira lista de investigados pela Procuradoria-Geral da
República na Lava Jato reverberou na opinião pública, mas teve poucas
consequências jurídica. Só 4 dos 50 políticos citados —o equivalente a
8% do total— viraram réus por por decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) e nenhum deles havia sido condenado até a última sexta-feira (3). A
divulgação de uma segunda "lista de Janot" é aguardada para os próximos
dias, agora como resultado de delações premiadas de 77 executivos e
ex-executivos da Odebrecht.
As informações são de reportagem de Rubens Valente na Folha de S.Paulo.
"Há dois anos, as investigações também começaram a partir de
depoimentos prestados em acordos de colaboração. O anúncio da lista, na
noite do dia 6 de março de 2015, foi cercado de expectativa. Ao longo
de meses, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, manejou a
relação em sigilo.
O ministro Teori Zavascki, então relator da Lava Jato,
acolheu todos os pedidos e autorizou a abertura de 25 inquéritos. O STJ
abriu mais dois.
Dois anos depois, 40% das 27 investigações foram arquivadas
no todo ou em parte ou juntadas a outra apuração e outros 17 casos
seguem em aberto, sem conclusão.
Em seis inquéritos, a PGR já apresentou a denúncia, mas o
STF ainda não decidiu o que vai fazer. A denúncia mais antiga é a que
trata do deputado Vander Loubet (PT-MS). Um ano e três meses depois, o
caso continua inconcluso".
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