Apesar dos fartos indícios de participação no esquema de
corrupção e propina da Odebrecht, Michel Temer seguirá no comando do
país como se nada tivesse acontecido.
Apesar de ter sido citado pelos delatores da Odebrecht e de
ser alvo de dois pedidos de inquéritos relacionados às delações, Michel
Temer tem imunidade garantida pelo cargo e não poderá ser investigado.
Quem ocupa a Presidência não pode ser investigado por crimes
que não aconteceram no exercício do mandato. Por isso, a PGR
(Procuradoria-Geral da República) não o incluiu na "lista do Janot".
As informações são de reportagem do Valor.
"O ex-assessor de Temer José Yunes relatou à Procuradoria
Geral da República ter sido contatado em 2014 pelo ministro Eliseu
Padilha a fim de que recebesse um suposto 'documento', entregue pelo
doleiro Lúcio Bolonha Funaro. A informação está no inquérito. Para
Yunes, a presença do doleiro como o encarregado da entrega “indicaria o
'caráter ilícito dos fatos'.
De acordo com o texto do inquérito, o Ministério Público
afirmou que Yunes compareceu espontaneamente à Procuradoria Geral da
República em 14 de fevereiro de 2017 e fez os relatos.
O inquérito afirma ainda que 'que há menção de participação
do atual presidente da República, Michel Temer', mas destaca que ele
possui 'imunidade temporária à persecução penal'. O que, no entender do
Ministério Público, significaria a 'impossibilidade de investigação do
presidente da República, na vigência de seu mandato, sobre atos
estranhos ao exercício de suas funções'.
O inquérito informa que a Procuradoria Geral da República vê
indício da prática, em tese, dos crimes de corrupção passiva lavagem de
dinheiro, e corrupção ativa, e pede a liberação de sigilo dos autos".
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