247 - Para fechar seu acordo de delação premiada e
passar para a prisão domiciliar, o ex-ministro Antonio Palocci terá de
focar seus depoimentos em banqueiros e empresários, além do
ex-presidente Lula.
Preso desde setembro de 2016, o petista tem se dedicado, no
último mês, à elaboração de sua proposta de acordo com a
Procuradoria-Geral da República e a força tarefa da Lava Jato em
Curitiba.
Para ter sua delação aceita pelos investigadores, Palocci
decidiu revelar os detalhes de operações supostamente irregulares
cometidas pelo ex-presidente e um dos donos do BTG Pactual, André
Esteves, e o ex-dono do Pão de Açúcar Abílio Diniz.
As informações são de reportagem de Bela Megale e Marina Dias na Folha de S.Paulo.
"Até o momento, Palocci se reuniu apenas uma vez com os
procuradores. Na conversa, mostrou-se reticente a entregar políticos com
foro privilegiado. No entanto, a atitude foi revista depois que
investigadores disseram que, sem isso, não haveria acordo.
Depois que foi preso, Palocci colocou um prazo de seis meses
para sua defesa antes de começar a negociar uma delação. Como até abril
não houve nenhuma decisão de tribunais superiores a favor de sua
soltura, deu início às tratativas, comandadas hoje pelos advogados
Adriano Bretas e Treacy Reinaldt.
A defesa de Lula afirmou que a Lava Jato "não conseguiu apresentar qualquer prova sobre suas acusações contra o ex-presidente'".
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