Michel Temer e o núcleo de seus aliados buscam, desde o fim
de semana, uma solução para a crise que permita a renúncia e dê a ele
garantias de que não irá para a prisão.
As informações são da coluna Poder em Jogo de O Globo.
Temer já teria concordado com a ideia, e opções como indulto
ou pedido de asilo foram discutidas nas últimas horas. Entre os
articuladores estão José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Romero Jucá e
Renan Calheiros.
"O primeiro obstáculo é a escolha de um nome de consenso
para substituir Temer, em eleição indireta. A ele caberia acertar uma
agenda mínima para a transição até 2018 e convocar uma Constituinte.
Gilmar Mendes e Nelson Jobim teriam a preferência do PMDB. Mas o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem conversado com senadores, e o
presidente do PSDB, Tasso Jereissati, apresentou-se ontem como o
garantidor das reformas no Congresso. Há uma corrida contra o tempo: há
pedidos de impeachment, as condições de governabilidade perdem força a
cada minuto. E as ruas podem melar o jogo.
Roteiro na rede
Roteiro na rede
O caminho negociado por PMDB e PSDB foi exposto por Renan
Calheiros no Facebook: 'Precisamos construir uma saída na Constituição
que garanta eleições gerais em 2018 e Assembleia Nacional Constituinte.
Fora disso é o imponderável. Tenho convicção que o presidente
compreenderá seu papel e ajudará na construção de uma saída'".
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