247 - Um dos principais aliados de Michel Temer, o
líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), foi citado na delação do
marqueteiro Duda Mendonça.
A Ilha Produção, uma empresa de produção audiovisual da
família de Rossi, que preside o PMDB paulista, é citada por Duda como
recebedora de "recursos não contabilizados" de R$ 4 milhões na campanha
eleitoral de Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo) e candidato ao governo de São Paulo
em 2014.
As informações são de reportagem de Rubens Vavente, Reynaldo Turollo Jr e Camila Mattoso na Folha de S.Paulo.
Segundo Duda, o dinheiro veio da Odebrecht e foi entregue em diversos hotéis de São Paulo.
O marqueteiro afirmou, segundo a Folha apurou, ter ouvido de
Skaf que houve "uma pressão do PMDB, mais particularmente do deputado
Baleia", para a contratação da Ilha Produção, pertencente a um irmão do
líder do PMDB.
Contudo Baleia, citado nominalmente por Duda na delação,
pode não ser investigado porque a Procuradoria-Geral da República, que
investiga Temer no âmbito da delação da JBS, é contrária ao acordo com a
PF.
A Procuradoria pediu formalmente a Fachin que desautorize a
colaboração, sob o argumento de que cabe apenas ao Ministério Público
negociar e celebrar delações premiadas.
Fachin agora deverá decidir se concorda com os argumentos ou
se entende que a polícia também tem direito de promover negociações
desse tipo.
Em nota, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que "todas
as doações recebidas pela campanha" estão "devidamente registradas na
Justiça Eleitoral, que aprovou sua prestação de contas sem fazer
qualquer reparo".
A PGR informou que não iria se manifestar sobre o assunto porque o caso tramita sob segredo de Justiça.
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